Durante quase dois anos peguei o trem na estação de Pirituba com destino à estação da Luz para depois pegar outro trem com destino ao Tatuapé, local em que eu trabalhava na época. Nos primeiros meses eu costumava entrar no penúltimo vagão da composição. Àqueles que pegam ou que já pegaram os trens de São Paulo, principalmente, sentido centro, sabem a super lotação que os passageiros enfrentam todos os dias.
Por pegar o trem sempre no mesmo horário, inevitavelmente, acabamos conhecendo as pessoas que estão indo trabalhar ou estudar. Já tinha percebido que três homens que frequentavam alguma igreja sempre pegavam o mesmo trem e ficavam na porta onde eu entrava. Ficavam conversando durante toda a viagem.
Como de costume, sempre ficava na porta. Num dia de chuva havia saído de casa sentindo um mal-estar estranho, mas por conta da responsabilidade com o trabalho levantei-me e fui trabalhar. Tive a impressão naquele dia que todas as janelas estavam fechadas e entre a estação da Lapa e da Água Branca comecei a sentir minha pressão cair e percebi que iria desmaiar. Os três homens pergutaram para mim se eu estava me sentindo bem. Avisei que minha pressão estava alterada e comecei a perder as forças nas pernas. Quando retomei a consciência depois do desmaio, os três homens estavam me tirando do trem na estação da Barra Funda e me carregando até um banco na plataforma. Percebi que meus dedos das mãos ficaram torcidos e lembro de continuar sentindo mal-estar e uma dor estranha no peito. Naquele momento entrei em pânico , mas por alguma razão o mal-estar começou a passar, minha mão ficou normal de novo e me acalmei.
Um segurança da estação me encaminhou para o hospital mais próximo e quando cheguei minha pressão ainda estava baixa, 8x6. A médica que me atendeu pediu para que eu tomasse um soro com medicação para normalizar a pressão e aguardasse o efeito. Para resumir a história, fiquei quatro horas tomando soro e do mesmo jeito que o mal-estar começou ele foi embora, acabei não indo trabalhar naquele dia.
Hoje me dou conta de que Deus naquele dia cuidou de mim mesmo sem eu me dar conta. Muitos podem achar que é algo insignificante, mas, como diz o ditado popular dos cristãos, é nas pequenas coisas que vemos o agir de Deus. Entre a estação da Lapa e da Barra Funda pode demorar de cinco a oito minutos, eu não sei quanto tempo uma pessoa pode ficar desmaiada, principalmente com a pressão tão baixa como a minha devia estar, mas é aí que podemos ver o milagre que Deus fez naquele dia , me segurou, me reanimou, reestabeleceu a minha pressão e seja lá o que foi que aconteceu tudo ficou bem. Agradeço imensamente ao Senhor por ter colocado aqueles homens em meu caminho, hoje sei o poder que uma oração tem, e tenho a certeza que este foi o recurso que eles usaram para me socorrer.
Senti de publicar esse testemunho de livramento que eu tive há alguns anos, antes mesmo de eu conhecer o Senhor Jesus coo Salavdor. Espero que ele possa edificar sua fé!
Que Deus te abençõe,
Luana Cavalcanti