Testemunho de Cura de Distonia

Descobri que estava com uma doença cerebral chamada Distonia cerebral em Jul/09. Deste março do mesmo ano sofria com tremores involuntarios pelo corpo parecido com pessoas que tem Epilepsia ou Mal de Parkinson e os médicos não descobriam o que era.Depois de 4 meses e de muitas concultas e exames em médicos particulares e no HC-SP, tive alta pelo HC com diagnóstico de Estresse. Eles me encaminharam para a psiquiatria e disseram que era a tudo.
Os tremores começaram em março na região do pescoço e duravam 24 hr, não paravam e comecei a ter dificuldade de falar por conta do forte esforço físico e de comer ou beber por conta dos tremores. Após um mês, em abril, os tremores se espalharam para as costas e para o ombro, juntamente com o pescoço. Continuei a procurar médicos, mas ninguém descobria o que era. Em maio, comecei a sentir dificuldade de andar, de repente perdi a coordenação das pernas e o equilíbrio do corpo. Não conseguia mais andar sozinha ou comer, por exemplo, perdi também a coordenação dos braços e os médicos continuavam sem saber o que eu tinha. Em junho, estava totalmente dependente dos outros para anadar, comer, tomar banho, enfim. Tremia o pescoço, não tinha equilíbrio no corpo para ficar de pé, não tinha coordenação nas pernas e nos braços, as minhas costas se contraiam involuntariamente e comecei a ter crises musculares fortes na região da cabeça. Os músculos dos meus olhos se contraiam e não relaxavam, parecia que iam esmagar o meu cérebro, pois era nessa região que eu sentia as dores. E mesmo assim, os médicos diagnosticaram que tudo o que eu tinha era um Estresse!
Em Julho, após uma consulta de emergência em um Posto de Saúde, fui encaminhada para o HC de Campinas e lá eles voltaram à tese de que seria a Distonia Cerebral. Esta é uma doença que afeta o tálamo, órgão que fica no "pé" do cérebro e é responsável pelo controle dos impulsos nervosos no corpo.
Depois de exames e consultas eles confirmaram que era essa doença que eu tinha. Porém, o quadro não era normal. De todas as pessoas que sofrem de alguma doença de coordenação motora, 6% são de Distonia, porém, destes 6%, 1% são generalizadas. É uma doença rara e que não tem cura pela medicina, aliás não existe nem medicamento ou tratamento específico, tudo ainda é pesquisa. Ela tem a evolução exatamente como aconteceu comigo, mas demora, em média, 20 anos para se tornar generalizada, enquanto que comigo demorou 4 meses. Após a confirmação, os médicos conseguiram achar um remédio que fez efeito por um tempo e aos poucos fui melhorando e voltando à rotina normal. Mas em agosto as crises voltaram e mais intensas do que das outras vezes, desta vez perdi a fala e foi o momento de maior desespero para mim. Voltei aos médicos, mas o máximo que eles faziam era me dar doses de Diasepan, Fernegan e glicose na veia, só que com o tempo nem esses remédios misturados e com duas doses de cada um ao mesmo tempo resolvia.
Um dia, depois de já ter ido várias vezes ao mesmo hospital na emergência, uma enfermeira que já tinha me atendido outras vezes, conversou com minha mãe e falou que eu deveria procurar uma igreja, pois ela, pelo tempo que tinha de enfermagem, nunca tinha visto uma situação daquela. Me lembro que naquele dia, quando eu já estava um pouco melhor, escutei minha mãe orando ao pé do leito e chorando.
Algumas semanas depois, fiz uma festa para comemorar meu aniversário, mas no meio da festa tive uma crise e meu pai me levou às presas para o hospital. Um amigo e colega de trabalho depois de ver o que tinha contecido me disse a mesma coisa que a enfermeira havia dito para minha mãe, que eu deveria procurar uma igreja e me convidou para ir aonde ele ia. No momento que ele falou não considerei, mas depois, durante a semana, quando tive outras crises, lembrei do convite e disse a ele que iria no próximo culto que tivesse.
Quando entrei na igreja meu corpo já ficou estranho, não conseguia para de chorar, não me lembro de nenhuma palavra que foi pregada naquele dia, só me lembro de me sentir bem e confortada. Resolvi voltar no outro final de semana e o pastor no meio da pregação chamou a todos aqueles que tinham algum problema de saúde para ir à frente. Me lenvantei e fui sem saber muito o que estava fazendo, ele ungiu minha cabeça e eu me lembro de ouvir ele falando no meu ouvido: "doença que está no cérebro, caia por terra em nome de Jesus, toda enfermidade está curada em nome de Jesus". Naquele momento chorei muito, ninguém dentro daquela igreja sabia o que estava acontecendo comigo, fiquei sem entender como aquele pastor sabia disso. Eles fizeram neste dia um propósito de 21 dias para que as doenças fossem curadas, assim como Daniel precisou esperar 21 dias para o anjo do Senhor conseguir trazer a benção que Deus havia liberado para ele.No meu coração, fiz o propósito e naquele dia cheguei em casa, me ajoelhei e orei a Deus pedindo que me libertasse daquela doença. Três dias depois, de madrugada estava dormindo e escutei a voz da minha mãe me chamando, quando acordei senti uma mão quente na minha nuca, parecia uma mão de homem e senti está mão saindo na minha cabeça. Acordei, olhei ao redor do quarto e não a vi, fiquei sem entender e levantei, dei uma olhada na casa, vi que minha mãe estava dormindo e não entendi nada. Olhei no relógio, eram 5:10 da manhã. Resolvi voltar a dormir e no dia seguinte, logo que acordei, a primeira coisa que veio a mente foi o que tinha sido aquela sensação que uma mão quente estava e saiu da minha nuca. Abri a bíblia pedindo para Deus me dar uma resposta e li: "eis que esta noite você foi curado pelo poder de minhas mãos". Ajoelhei e comecei a chorar, e a chorar, e não entendia como, mas eu sabia, Deus tinha me curado. Deste dia em diante nunca mais tive crises, parei de tomar o remédio antes de voltar ao médico e quando fui na próxima consulta marcada, a médica ficou sem entender o que tinha acontecido, fiz os exames novamente e tudo mostrava que eu não tinha nada. 

Hoje após alguns meses da minha cura por Jesus e do diagnóstico médico de que eu não tenho mais nada, estou aqui escrevendo este testemunho para HONRAR E GLORIFICAR O NOME DO DEUS DO IMPOSSÍVEL.

Luana Cavalcanti - SP